Nós também temos alma
Os ateus, agnósticos e descrentes
Como os lumpen e os lazarentos
Defenestrados no passeio. 
Não a da ordem doutrinária
Do rebanho religião
A alma do que somos 
Bate um só coração 
Daqueles seres que se fizeram
Fortes demais para chorar
Mãos calejadas
Seres embrutecidos
O acúmulo material
Que cristaliza tantas almas 
Engrenagens desumanas
Arreios humanos 
Fortes demais para provar
O saber salgado de suas lágrimas  
A égide áurea do progresso
Não lhes confere ao menos tempo pra chorar
Na pujança colorida
Impressa sob a 2° classe do labor
De um filme preto e branco
Das formigas operárias
A massa insalubre
Sem vida e sem cor
Sugada alma dos relógios 
Tem também o seu clamor
Não tardará a hora
Do manifesto dos incautos
Dos despossuídos e desalmados
Armados do saber   
Diferenças sedutoras
Aprendizado infinito
Alma pouca, alma quebrada
Somos todos os mesmos filhos.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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Um comentário:
=D
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