tag:blogger.com,1999:blog-50718224259382369842024-02-06T18:37:56.163-08:00"O diabo, no meio do redemoinho"Unknownnoreply@blogger.comBlogger77125tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-67254995767872198632017-04-11T09:01:00.002-07:002017-04-11T14:32:40.093-07:00Ideas' Bullet<br />
In this productive system<br />
survival is mostly upon<br />
stealing or being robbed,<br />
legally or not.<br />
<br />
How many may starve<br />
for a rotten one<br />
feed the needs<br />
of its wealthy guts? <br />
<br />
Who can be good<br />
when there’s not much<br />
left to eat?<br />
Locked in jail, thief!<br />
<br />
In money we must believe<br />
Sweat out time <br />
For dime<br />
Peacefully ruled, aren’t we?<br />
<br />
Bleeding marks<br />
Set us apart<br />
Same people, different worlds<br />
What’s this all about?<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-38027387204083185072017-04-02T18:30:00.001-07:002017-04-11T09:02:18.965-07:00Rédeas do Destino<br />
Não é apenas uma questão de alimentar a fera ou deixar a fera morrer de fome. Indivíduos do Novo Mundo não se esqueçam de uma lição outorgada e aceita há séculos sob muito pesar: <br />
<br />
- A eliminação de obstáculos à expansão do liberalismo, com a inserção sistêmica da periferia, implica “desenvolver” essa periferia sob a tutela de um paradigma.<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-89478432578693220672016-11-29T09:26:00.000-08:002016-12-27T04:47:31.231-08:00Pursuit of Contentment<br />
<br />
Being that rock<br />
is mercilessly gonna take<br />
everything one got.<br />
Falls are part of walking.<br />
<br />
Forward of expectation<br />
leaves a broken heart.<br />
Ask not for consideration,<br />
it should be given anyway.<br />
<br />
Each flower has<br />
its own blossom.<br />
Freewill tests litmus; <br />
tears will sprout and dry.<br />
<br />
Sunflower summons the strength,<br />
life requires courage.<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-77846594151886164052016-03-18T14:28:00.000-07:002016-11-09T07:37:53.251-08:00Perigo: E agora, quem poderá nos salvar?<br />
A suposta maior manifestação política da sociedade civil na história do Brasil teve perfil marcadamente elitista e perde em quantidade de cidadãos para a última visita do papa, festas de rodeio e carnavais. Embora dominados por propostas vagas, esses protestos podem até parecer um avanço se comparados com a postura histórica de um povo que assistiu passivamente à instauração da República (a qual surgiu com menos eleitores que no Império), dentre tantos outros acontecimentos nos quais o povo sofreu praticamente calado.<br />
O Brasil é credor internacional, com suas reservas de 370 bilhões de dólares aproximadamente. O crescimento recente de sua dívida pública interna, citado por economistas como explosivo e insustentável, deve preocupar seus credores – além do fato de que a Petrobrás detém a maior dívida corporativa do mundo. A abundante liquidez internacional sem precedentes e com ínfimo custo de capital está subalocada em Brasil. Há uma guerra internacional por competitividade, avessa à dominância do dólar, ao passo que a atração dessa divisa sustenta oligarquias e governos. A conjuntura aponta para uma crescente desigualdade social em âmbito global perante formas veladas ou não de transferência maciça de recursos. Não importa como votamos, as elites globais costumam ganhar.<br />
A deterioração dos fundamentos macroeconômicos no Brasil, vigente após a crise internacional de 2008, chega aos olhos do grande público com a perda do poder de compra e o aumento do desemprego. A depressão econômica e a crise política tornaram claro que não existe saída fácil para o governo federal. Contudo, o maior interesse do governo é continuar governo; e não, necessariamente, governar. A oposição quer ser governo, mas sem uma proposta transparente de coalizão para governar.<br />
Qualquer ruptura de um governo eleito, mesmo dentro dos ditames da carta magna, é um processo complexo, custoso e desgastante que corre contra o tempo. As Forças Armadas brasileiras tendem a se posicionar em prol da legalidade, seja lá o que isso for. Não seria mais do que passada a hora de definir reformas estruturais amparadas por diferentes programas de governo? Qual seria o impacto de possíveis reformas para a população? E quais seriam as consequências para o desaparelhado e subdividido Estado soberano brasileiro?<br />
O fluxo do bônus externo secou e o bônus demográfico interno - assim como tantas outras potencialidades - é subaproveitado. Apesar de estarmos sujeitos ao caráter intrínseco das crises no sistema produtivo vigente, a política não deve aceitar uma simplificação binária como precificado explicitamente pelo mercado. Os ditos ganhos democráticos com suas personas e instituições parecem compor alegorias, na qual juiz dá nome ao bloco e protesto conta com abadá, zona vip e música cover.<br />
A política interna não tinha tanta relevância para determinar a política externa desde a redemocratização do Brasil. A busca por legitimidade mediante o reconhecimento de seus pares é uma processo natural nas relações internacionais. No entanto, o loteamento do Ministério das Relações Exteriores visando garantir apoio político interno é contestável. Os objetivos nacionais permanentes devem seguir abordagens técnicas e não serem subordinados às vicissitudes da política partidária. O mais importante na política brasileira, interna ou externa, não é o chefe de Estado, a forma e o sistema de governo. O mais importante é – como disse o imperador D. Pedro II ao Barão do Rio Branco – “servir o Brasil”.<br />
Quem dança nessa quadrilha com direito a cabo de guerra, fogueira e pau-de-cebo é o povo. Preferencialmente com muita cachaça, para esquecer o hoje sem se preocupar com o amanhã. O "velho edifício" pode passar por atualizações em sua fachada, mas permanece com a mesma estrutura. Carentes de saúde, educação, saneamento básico, os brasileiros trabalham boa parte do tempo para pagar juros. Juros pra quem? O mercado observa disciplinada e pacientemente, como um urubu, enquanto "os vivos governam os mortos" e o Estado urge.<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-41671458818374291892015-09-21T04:56:00.000-07:002015-12-08T08:31:39.484-08:00Galaxy of Captivity<br />
Truth comes suddenly without an invitation;<br />
freedom to know what is right if you please<br />
with no hurry, no gathering, no expectation. <br />
Breathe and feel the breeze,<br />
the thrill should not be gone forever<br />
if the heart is full and the mind still.<br />
Vulnerability might be liberating,<br />
inwardly there is no security,<br />
one must not build custody.<br />
For every action, a reaction<br />
until the end of times.<br />
A smile may crack open the Earth<br />
as it spins around and time goes by<br />
sunset shall remind: tomorrow is another day.<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-3513211598099189432015-06-23T07:28:00.000-07:002015-10-21T19:51:27.494-07:00A Pérola Natural de 2 Mil Anos<br />
Ao norte da Austrália ocidental, em uma região habitada por autóctones, os funcionários de uma universidade local anunciaram a descoberta durante escavações arqueológicas. Uma pérola natural de cerca de dois mil anos e aproximadamente cinco milímetros de diâmetro foi encontrada. O acontecimento raro não tem precedentes registrados na região. As ostras eram tradicionalmente utilizadas em cerimônias para invocar a chuva pela população local. A pérola com reflexos rosas e dourados será exposta em um museu no país.<br />
<br />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-48001457365358238412014-07-13T07:56:00.000-07:002014-09-07T18:49:52.676-07:00Eliminação na Copa do Mundo de Futebol 2014Na derrota, que possamos crescer. O futebol é o esporte mais difundido no mundo, e espectadores de norte a sul de leste a oeste lançaram seus olhares sobre o Brasil. Apesar da grande festa no país, pouco havia sido feito pensando nas gerações futuras, e aos nossos atletas sobrava pressão. Sem o líder nem o gênio em campo, o futebol brasileiro foi atropelado pelos alemães, em casa, na semifinal da copa. Em estádio mineiro, no qual a seleção brasileira jamais havia perdido, o torcedor viu incrédulo e com muito pesar os adversários tirarem a bola de nós, ficarmos na roda, consolidarem o placar do jogo com goleada antes da metade do primeiro tempo. Obviamente eles estavam mais bem preparados e o placar elástico dispensa comentários. Pelo tempo que permaneça o futebol registrado na história, como o conhecemos, permanecerão comentários sobre essa derrota multi-adjetivável. Afinal, criticar é fácil, difícil é fazer melhor. Mais difícil ainda é realizar um trabalho de excelência eficaz o suficiente para manter a mística da camisa canarinho apesar da alta competitividade desse esporte. Apontar culpados não é solução, mas a CBF bem que poderia aprender com a aula de planejamento de sua parelha alemã. Afinal, essa foi a maior derrota sofrida por um país-sede nas vinte edições da competição. Os alemães passaram a marca da seleção brasileira como a que mais gols fez na história das copas. O jogador mais velho em campo e polonês de nascimento tornou-se o maior artilheiro em copas do mundo passando a marca do camisa número 9 da seleção canarinho campeã do torneio em 2002. A base dessa seleção alemã vinha sendo preparada e treinava junto desde o campeonato europeu de 2008. Pela primeira vez os alemães nos venceram em copas e vão reeditar uma de suas finais anteriores, contra Holanda ou Argentina. O passado serve de exemplo para construir no presente um futuro melhor. Só o tempo poderá mostrar o alcance dos efeitos desse acontecimento sobre a sociedade. Contudo, após a eliminação, o ideal é que a euforia tenda a convergir com a realidade do país, pois o pior cego é aquele que se recusa a ver. Verdade seja dita, a única seleção nacional de futebol participante de todos os mundiais ainda é também o único futebol 5 estrelas do mundo; apesar de não ser oferecido à maioria dos cidadãos brasileiros uma estrutura campeã, a vida segue (com impostos até depois da morte).Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-87214014033221328452013-06-11T15:00:00.001-07:002015-09-22T11:17:09.479-07:00Além do Fim do MundoHá milhares de quilômetros ao sul do porto mais movimentado do Brasil ocorreu um incêndio em meio à neve antártica. Ao atravessar o Estreito de Drake, a 130 km da Península Antártica, encontra-se a Ilha do Rei George – ainda sob o alcance da extensão da banquisa. A expectativa de vida para quem cair na água da região é estimada em pouco mais de um minuto. Antigamente uma base baleeira britânica, desde 1984 opera na baía do almirantado a Estação Antártica Comandante Ferraz. O nome homenageia comandante da Marinha do Brasil, hidrógrafo e oceanógrafo, que era favorável ao desenvolvimento do Programa Antártico Brasileiro. Embora o nível de atividade seja maior durante o verão, a estação costumava operar durante todo o ano.<br />
Em 2012, 60 pessoas estavam na Estação Comandante Ferraz quando ocorreu o incêndio. Uma explosão sem causa estimada, no local aonde se encontravam os geradores de energia, originou o fogo que se alastrou às demais instalações contíguas. O combate ao incêndio foi interrompido devido às condições climáticas adversas, e boa parte da estação ficou destruída. Relatos informam sobre o trabalho de reconstrução: foram necessários dias para retirar a neve acumulada, máquinas removendo toneladas de escombros para serem embarcadas, pessoas atuando na colocação de Módulos Antárticos Emergenciais – contêineres contendo as instalações provisórias da base brasileira. Barracas coloridas enfileiradas destoavam da paisagem a fim de abrigar as pessoas envolvidas na operação de estabelecer uma estação provisória.<br />
A reconstrução completa da unidade de pesquisa, divulgada pelo Ministério da Defesa do Brasil, foi orçada em cerca de R$100 milhões. No alto do morro foram adicionadas mais duas cruzes, aos oficiais da Marinha do Brasil mortos durante o incêndio. Fora as perdas humanas, será necessário mais do que tempo para repor o custo material do desastre. À parte a já conhecida morosa e custosa execução de obras públicas típica no Brasil, a questão mais relevante quanto ao futuro da Antártida refere-se a um pacto entre homens.<br />
O Mercosul teria representatividade no continente através do território preterido pela Argentina, que se encontra em parte do território preterido também pelo Reino Unido. Chile, Nova Zelândia, França, entre outros, também teriam pretensões territoriais no continente. Além dessas pretensões sobre a última fronteira terrestre existem diversas bases científicas nacionais, a exemplo de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estados Unidos e União Soviética teriam supostamente manifestado vontade de resguardar seus respectivos direitos caso desejassem obter possíveis pretensões territoriais futuras.<br />
Fora convocada uma conferência, na década de 1950, em Washington, da qual resultou o Tratado da Antártida. A área de vigência para a aplicação de seus 14 artigos é situada ao sul do paralelo 60°S. Os países signatários se comprometeram a suspender pretensões territoriais no continente em prol da sua exploração científica caracterizada sob regime de “cooperação internacional”. O tratado entrou em vigor em 1961, e o Brasil ratificou sua adesão em 1975. No ano de 1991 os membros signatários do tratado decidiram prorrogá-lo por mais 50 anos. Embora não seja poupada da degradação humana sobre o planeta, até 2041 a Antártida é, portanto, juridicamente um patrimônio supranacional, devendo em teoria ser resguardada diretamente da nociva e potencial exploração de comprovados recursos naturais existentes – como carvão, minério de ferro e petróleo.<br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-91053706632975475702012-10-31T05:52:00.003-07:002012-10-31T05:52:41.048-07:00As Cobras - Luís Fernando Veríssimo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFZ6qkSdklE-ReRwKQac6Q5TFCjC7tlF_EuVOG_AwG6IrtC33N1fi-bd4kVRSf9dmKY2CPDJG-_lC_Dsm2qKzGFxGhaPUMhB4OSksqym-bxJ_Rw5dwK2isvzEz4tmf5cRFamo47SY4jIk/s1600/Lu%25C3%25ADs+Fernando+Ver%25C3%25ADssimo+-+As+Cobras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="104" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFZ6qkSdklE-ReRwKQac6Q5TFCjC7tlF_EuVOG_AwG6IrtC33N1fi-bd4kVRSf9dmKY2CPDJG-_lC_Dsm2qKzGFxGhaPUMhB4OSksqym-bxJ_Rw5dwK2isvzEz4tmf5cRFamo47SY4jIk/s400/Lu%25C3%25ADs+Fernando+Ver%25C3%25ADssimo+-+As+Cobras.jpg" /></a></div><br />
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-40650186543684742292012-09-17T00:03:00.003-07:002012-09-17T00:03:45.568-07:00Carpe DiemA maior certeza da vida é a morte.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-5260716822587269042012-08-28T08:38:00.000-07:002012-10-11T12:00:19.061-07:00Homens sobre MáquinasSe a sorte realmente favorece os destemidos, pobre daqueles que perderam a coragem. Sendo a coragem a meu ver imprescindível no caso de profissionais expostos a um alto risco, os quais têm de aprender a lidar melhor com o próprio medo desafiando cada vez mais o seu limite. O ano era 1990, o país-sede o Japão, e a pista que recebia a última corrida era a mesma da temporada anterior. A pole estava sacramentada e ele largaria a seu contragosto no lado sujo da pista, o que lhe conferiria uma tração menor que o outro carro da primeira fila. Com as duas primeiras posições no gride invertidas em relação à corrida do ano passado os protagonistas eram os mesmos. Os motores rugiam, e as luzes se apagaram. Ele via o segundo colocado abrir pela esquerda e passá-lo logo após a largada, e ambos sabiam que a primeira curva seria para a direita. Manteve-se em linha reta na direção do lado de dentro da próxima curva mesmo após ter sido ultrapassado por seu adversário na disputa pelo campeonato. No final da reta e no ápice dos giros dos motores os carros colidiram em alta velocidade, levantaram poeira na área de escape e não puderam prosseguir na corrida. A cena remetia ao acidente ocorrido na mesma curva, mas no ano anterior e com os dois protagonistas em papéis trocados. Recolocaram os volantes e saíram de seus respectivos carros mal se entreolhando. Sem terem cruzado a bandeira quadriculada, um rumou para os boxes com o título mundial de pilotos na categoria mais aclamada do automobilismo mundial, e o outro ficou com as lembranças da glória no ano passado. Embora o vencedor se mostrasse reticente por ter fortes valores morais, a colisão não impediu que ele trouxesse mais uma vez alegria para um povo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-7667167359625460002012-07-13T21:21:00.000-07:002016-03-22T15:33:56.463-07:00Ventos Uivantes<br />
O que seria de algumas pessoas<br />
Se não fossem outras pessoas<br />
O que seria das flores<br />
Se não chovessem lágrimas<br />
<br />
O solo em que<br />
Brotam cores também<br />
Consome corpos aquém <br />
Perdidos em meio ao tudo e ao nada<br />
<br />
Porque o tempo nos mostra<br />
Amargor ao longo da história<br />
E num hiato cotidiano pode<br />
Florescer beleza e doçura<br />
<br />
Pelo amor e pela morte<br />
As flores irrompem<br />
Nada se cria e nada se perde<br />
Até o conflito se transforma<br />
<br />
Desejava o sono compartilhado<br />
Quando não mais o podia<br />
O valor da perda sem preço<br />
Restou uma cicatriz na terra<br />
<br />
Vidas além dos túmulos<br />
Nutrem o pólen campestre<br />
De um verde longevo<br />
Cravado de pedra e memória<br />
<br />
O que sentem algumas pessoas<br />
Ou o que pensam outras pessoas<br />
Não torna lembrança em presença,<br />
Não faz o vento soprar nem para o tempo.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-69997050742564777742012-06-05T17:24:00.001-07:002012-06-11T05:36:40.724-07:00A IlhaAo longo dos anos de 1940 havia na Ilha de Cuba um peso político considerável centralizado na figura de Fulgêncio Batista, que em 1952 promoveu um golpe de Estado e ascendeu ao cargo de mandatário do país frustrando as expectativas da oposição por mudanças através da via institucional. No ano seguinte a resistência representada pelo Movimento Revolucionário 26 de julho ataca o segundo maior forte do país, o quartel da Moncada, fato este que gerou repressões violentas por parte do governo central. O estudante de Direito Fidel Castro, que havia sido preso nos embates organiza sua defesa com enfoque político e não jurídico. Regendo sua própria defesa – intitulada “A história me absolverá” – ele é condenado à pena de morte. Com o crescente movimento em favor da anistia dos sobreviventes na insurreição da Moncada ele acaba por ser exilado no México; país este onde conheceria o militante argentino Ernesto Guevara advindo da Guatemala. Em 1956, compondo parte dos mais de oitenta militantes ambos os jovens vão a Cuba clandestinamente a bordo do navio Granma; sendo que eles e os demais sobreviventes do desembarque refugiaram-se na parte oriental da ilha, nas matas da Serra Maestra. Esses indivíduos organizaram-se através da estratégia do “foquismo” visando desestabilizar o governo da situação e acabaram por obter repercussão midiática. O grupo de guerrilheiros passa a absorver cada vez mais adeptos, na sua maioria camponeses que opunham-se ao regime de Fulgêncio Batista, e o movimento de contestação encabeçado pelo MR-26 passa a contar com apoio crescente entre parcelas da população cubana. No dia primeiro de janeiro de 1959 os insurgentes tomam a capital Havana, tendo na figura de Fidel Castro não apenas um membro vital do movimento de contestação, mas também sua maior liderança popular. A maioria da população haveria, contudo, de permanecer por décadas relativamente isolada na ilha.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-82664540874274051902012-05-01T16:30:00.000-07:002012-05-12T03:31:41.988-07:00Para um povo, pescado<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"> Pendurado por um fio preso a uma das ripas de sustentação do telhado gira vagarosamente um pequeno saco transparente cheio de água com a presunçosa função de espantar as moscas. Uma senhora idosa exageradamente coberta por jóias se aproxima do balcão da peixaria acompanhada por uma funcionária. Ela ordena com certa soberba que o rapaz de branco, com um avental sujo e uma tatuagem no pescoço pese algumas postas do peixe que havia escolhido. Em seguida, olhando para uma outra banca com gelo onde havia peixes e moluscos expostos, comenta: Esses frutos-do-mar não estão com uma cara muito boa, não é rapazinho! O rapaz lhe responde ajustando a balança e sem encará-la: Chegaram todos ainda hoje de manhã senhora, eu duvido que façam mal a alguém. Diante da hesitação da mulher que resmungara algo em voz baixa, o rapaz, ao entregá-la o pacote com as postas, acrescentou: Eu acho que se a senhora os jogasse lá no Haiti, o povo faria um banquete. A senhora se despediu do peixeiro e foi embora acompanhada pela funcionária que carregava o pacote.</span></div>
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</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-4165141862043563112012-04-13T11:55:00.001-07:002012-04-13T11:58:41.190-07:00Desabafo:- Meus pés estão cansados de andar sem destino. Meus livros estão todos empoeirados, e a verdade parece cada vez mais distante...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-19340661889956485532012-03-05T16:48:00.001-08:002012-03-05T16:54:11.980-08:00Fogão de CasaA patroa estendeu cordialmente à sua funcionária o atestado para o remédio de sua mãe – pois sabia bem da calamidade do serviço de saúde público – sentou-se na mesa próxima ao fogão e bradou:<br />– Vou ter que fazer mercado de novo, como esse pessoal come!<br />A doméstica que já tinha toda a liberdade de conhecer a patroa há muito tempo contemporizou:<br />– Pra quem não tem problema de saúde e tem dinheiro ir ao mercado é maravilhoso, dá pra comprar o que tiver vontade. Ai ai...<br />Ao ouvir o sonoro e persistente gemido a patroa caçoou amigavelmente:<br />– Nossa, Maria, desse jeito não tem remédio que baste, você esta é velha demais!<br />Seguido de uma risada a funcionária completou:<br />– Ai vai nessa viu Cynthia, que eu vou é te aposentar bem aqui ó, nesse fogão!<br />E continuou a cozinhar o almoço enquanto a conversa persistia.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-27302221464851472822012-02-10T07:57:00.000-08:002012-02-10T08:01:30.022-08:00Bem-me-quer, Mal-me-querNo tempo das donzelas em perigo, uma jovem, assim como tantas outras, sonhava com o futuro. Elas não se reuniam nas luas cheias nem queimavam soutiens, mas com as raras bonecas de porcelana fantasiavam sobre seus casamentos e aprendiam a ser meninas prendadas. <br />Nas tardes depois da escola ela caminhava de vestido pelas ruas de paralelepípedos para entregar as compotas que sua mãe fazia. Em uma das casas mais bonitas daquela rua um jovem sempre a esperava no parapeito da janela do piso superior com um sorriso no rosto para vê-la passar.<br />Desta vez, quando ela passava com o pote de doces caseiros, ele deixou cair um ramalhete de margaridas que havia colhido. Ela sorriu, entregou os doces e saiu com as flores. Pegou uma das margaridas, pensou no rapaz de olhos azuis que andava de lambreta e jaqueta de couro e começou a tirar as pétalas uma por uma bem devagar.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-61583904206522991992012-01-06T11:46:00.000-08:002012-09-18T08:03:48.578-07:00Trovoada...e assim, através de um dos mais graves sons da natureza, Thor bradou para a humanidade (daquele espaço restrito):<br />
– Atenham-se à sua insignificância!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-73337304981123444272011-12-05T16:53:00.000-08:002011-12-05T18:22:42.780-08:00Beyond a SmileWhen she looked at me and smiled,<br />Oh she doesn’t even had to smile<br />I was already taken<br />… but the smile… was like blossom<br /><br />When she looked at me and smiled,<br />There was no pain at all<br />I realized I had no words<br />She’s so… much more than beautiful <br /><br />What could I’ve done<br />if I saw no lighthouse<br />and there were no stars in the dark night<br />I just wanted to feel the thrill<br /><br />In an one and only way she touched me deep(ly)<br />The world stopped and I could see through her eyes<br />Where an unfulfilled love story relies<br />but when I came back from the trip<br /><br />Just to make you stay<br />At that moment you were long gone<br />So I can’t stop thinking of you <br />When you looked at me and smiled.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-77291013376722982442011-11-03T16:14:00.000-07:002011-11-03T16:16:23.447-07:00João NinguémEm um apartamento aleatório, localizado em uma cidade qualquer um indivíduo que acaba de testemunhar o término do horário comercial se banha normalmente, como o faz todos os dias. A mecânica do banho é a mesma, começa pelo cabelo e depois se ensaboa de cima para baixo. Enquanto lavava os pés, sentiu uma pressão no peito, uma dificuldade pra respirar, uma tontura. A dor no peito se intensificou e expandiu para o corpo todo, perdera a força e seu corpo sucumbiu à gravidade lentamente até tocar o solo por completo e ficar estendido com a água do chuveiro que caía por cima. O óbito ficou sem laudo por alguns dias, até que o odor da biodegradação tomasse conta do corredor de seu andar ao ponto de incomodar os outros moradores.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-57581136689919323052011-10-04T22:31:00.000-07:002011-10-04T22:35:11.440-07:00O PartidoAlguns dias depois...<br />Em uma casa de detenção não muito longe dali, um presidiário entra na cela mofada e diz para seu companheiro: <br />- Aqui mano, o papo reto! Na responsa irmão, a idéia que chegou do movimento é que sua mina tá saindo com um playboy.<br />Sua feição facial se alterou e acendeu um cigarro. Pegou uma caneta e escreveu em um papel amassado: <br />- Eu sei que você anda saindo com um Zé povinho aí. To te esperando. <br />Ao receber o recado ela sabia de imediato que não seria prudente recusar o convite. Na semana seguinte, após a visita íntima saiu do presídio com seu cabelo raspado.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-73821740791730522382011-09-05T16:21:00.000-07:002011-09-05T16:22:21.270-07:00Zé PovinhoPegou o carro de seu amigo e foi em direção a sua parte preferida da cidade: o subúrbio. Estacionou o carro velho em frente a um bar, virou a pé em uma rua, e alguns lances de escada acima já estava em frente a um barraco estreito de alvenaria muito bem arrumado de três andares. Bateu palmas e ela apareceu sorrindo com o filho pequeno no colo. Pegaram o carro e foram em uma lanchonete. Pediu um x-tudo e uma cerveja, ela o acompanhou. Todos satisfeitos, eles deram uma volta de carro pela orla da praia e voltaram ao barraco. Ela colocou o garoto para dormir e saíram novamente. Embrenhou o carro em uma rua de terra e parou em frente a uma construção abandonada coberta de plantas. O carro era conhecido, ele também. O rapaz logo apareceu, pegou o dinheiro e deixou os papelotes. Ela lhe fez um sinal negativo com a cabeça, mas estava calor e ele tinha vontade. Uma vontade que não sumiria mesmo se estivesse frio. O carro saiu com certa dificuldade da rua de terra e logo em seguida estavam na via pavimentada na entrada de um motel. Ele era atencioso, bem apessoado e ela se sentia segura em sua compania. O corpo e a pele morena dela o acometiam de um desejo incontrolável. Fizeram amor apaixonado por horas, e em seguida ele a deixaria em casa antes do amanhecer. Antes que ela pudesse sair do carro, ele segurou seu braço firme e perguntou: você ainda prefere ficar com aquele maloqueiro do partido do que comigo que te levo em festas de boy? Ela o beijou e saiu do carro sem dizer nada.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-57862143187029886332011-08-04T18:09:00.000-07:002011-08-04T18:11:37.470-07:00Anos 2000No Novo Mundo, os canais dos povos pré-colombianos viraram esgoto...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-13484360256895180942011-07-04T09:45:00.000-07:002011-07-04T09:49:42.635-07:00Olhos de Lua CheiaMuito queria<br />Poder soprar as palavras<br />Para que o vento as carregasse<br />Até o pé do seu ouvido<br /><br />Mas palavras não alcançam<br />Seu reluzente âmago<br />Como gostaria que o fizessem<br />Um pobre mortal<br /><br />Se tanto quanto ao vento<br />Vou e volto, sem alento<br />Aturdido permaneço<br />No reino das palavras<br /><br />Porém meu coração<br />Sem artifícios dispara<br />Me carrega ao seu encontro<br />e nada mais<br /><br />Se não posso dizer<br />O indescritível<br />Irei ao seu encontro<br />No planeta dos gestos em verdade<br /><br />Sem subterfúgios<br />Exploro o ambiente inóspito<br />Em busca de uma flor<br />Que me rendesse seu sorriso<br /><br />Sem temor e de súbito<br />Fiquei vencido, exilado em seu planeta<br />Pois me há despido por completo<br />Da minha pesada armadura<br /><br />Você não me deve nada<br />Pelo contrário, devo a ti minha liberdade<br />Já que o palpitar sob minha pele<br />Rompeu até o metal vazio<br /><br />Jamais pediria que se atirasse ao léu<br />Baseada nos fatos em preto e branco<br />Peço apenas uma chance<br />Se não for tarde demais<br /><br />Me dê a sua mão<br />Quando, e se achar necessário<br />Não passe uma vida imaginando como poderia ter sido<br />Pular sem medir a altura do tombo<br /><br />Não há nada nesse mundo<br />Comparável<br />A mergulhar fundo<br />No oceano de seus olhosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5071822425938236984.post-66974482854853584592011-06-21T18:59:00.002-07:002011-06-21T19:01:01.754-07:00Homem ao RumTalvez tenha sido Napoleão Bonaparte um dos personagens ocidentais mais lúdicos encenados nessa grande peça chamada história. O poder e os deslumbramentos humanos a cerca dessa figura podem ser observados sendo que até Karl Marx escreveria sobre seu 18 Brumário, e também no fato de que a presença do imperador francês nos manicômios e sanatórios pós-modernos é algo de praxe e de regra. Em 1799, o “golpe branco” liderado pela alta burguesia e o exército franceses conferiram a este que era o general com mais prestígio no país o cargo de Chefe de Estado frente à instabilidade da época do Diretório. Neste ano em que seria promulgada a Constituição do Ano VIII, Napoleão regressara à França – antes de ser empossado – com o sentimento penoso de ter sido testemunha ocular da estrondosa vitória da marinha real britânica na batalha do Nilo comandada pelo almirante Horácio Nelson. Contudo, ao se empossar imperador tirando a coroa das mãos do Papa durante a cerimônia, Napoleão ainda causaria muita instabilidade ao sistema do Antigo Regime. Neste momento em que a alta burguesia buscava consolidar seu projeto na França após a revolução era visível o crescente atrito com os britânicos em contexto sistêmico de disputas capitalistas. <br />O almirante britânico talvez tenha sido o maior rival de Napoleão no âmbito militar. Seu antagonista que havia derrotado a frota francesa detentora de um poder de fogo superior na baía de Abukir velejava não apenas em prol da coroa e da pátria, mas defendia subjetivamente também os ideais liberais como os estabelecidos na Magna Carta ou no Bill of Rights. Ao descobrir os navios franceses na baía de Abukir em 1798, Nelson haveria – como na batalha do Cabo de São Vicente – dito: Amanhã, por esta altura, ou terei ganho a honra ou a catedral de Westminster. Na virada do século, ambos já rumavam a seus destinos. O futuro almitante defendeu a rainha dos mares, a qual um dia não muito distante haveria de dizer:<br />– Venham até mim, pois lhes comprarei de tudo. Assim irei também até vós, a vender-lhes tudo. Ofereço-vos abertamente meu pulsante coração, e pelas artérias do mundo circularão libras, uma vez que a pólvora carregada em meus navios sozinha não seria suficiente para clamar o grito: padrão ouro e constitucionalismo. Apresento-vos a minha Pax cujo esplendor ofusca os não-civilizados. Mortais, eu vos alerto, a primavera dos povos não é senão inverno infrutífero tal qual o canto das sereias. A interdependência e as vantagens comparativas a todos beneficiarão, pois governar não é para todos. Eu mesma serei minimizada, para o bem futuro da riqueza das nações. Clamo por vós, oh destemidos homens livres, e ofereço nada menos que a encarnação desses axiomas supremos, algo que transcende o metafísico e além da simples coerção; algo que mudará os rumos da história para sempre.<br />A destreza dessa rede acumulativa finalmente acabaria por afinar os acordes do grande violino ao redor do globo, e sob o toque de sua magna ópera os sorrisos dos homens jamais seriam os mesmos. Os homens livres seriam apenas pouco mais que força de trabalho e súditos do Leviatã. Ambos patriotas, Nelson e Bonaparte, figuraram não apenas como estrategistas militares inovadores e decisivos, cada um a sua maneira e em espaços físicos distintos, mas também como grandes inspiradores de seus homens. Se o almirante ficara conhecido pelo “toque de Nelson”, ao general se atribuía a habilidade de alcançar a alma daqueles que lutavam a seu lado. <br />Mediante esse contexto de disputas, a paz de Amiens provou-se pouco duradoura. No ano em que as hostilidades eram retomadas, Napoleão coroado, Nelson era elevado a comandante das tropas britânicas no Mediterrâneo. Os anseios franceses se voltavam cada vez mais para a possibilidade de controlar o Canal da Mancha, que por sua vez esbarrava na poderosa marinha real britânica. Os franceses buscaram confundir seu adversário com a finalidade de concentrar seus navios na região evitando que os britanicos fizessem o mesmo. Esse movimento acabou acarretando a Batalha de Trafalgar, nome cuja designação árabe significa cabo do oeste. Este conflito entre a marinha francesa e espanhola, que contava com maior quantidade de navios, contra a britânica ocorreu no ano de 1805 na costa atlântica espanhola, na região do Cabo de Trafalgar, próximo a Gibraltar. Com uma manobra audaciosa a esquadra britânica em desvantagem numérica acabou vitoriosa sem ter um navio afundado, destruindo cerca de dois terços da frota adversária e capturando seu comandante Villeneuve. Contudo, Nelson fora atingido pelo bombardeio adversário e não resistiu.<br />Se por um lado os franceses não alcançaram seu anseio e ainda perderam o controle do mediterrâneo, os britânicos perderam seu lendário comandante. Contudo, o cadáver de Nelson, que já contava com a lembrança de um olho moribundo e um braço amputado oriundo de combates anteriores, não poderia ser tratado como o dos demais mortais que eram atirados ao mar. Como nenhum dos marinheiros fora capaz de ordenar ou executar o ato de praxe, resouveu-se que o corpo do almirante seria levado até as terras de sua pátria-mãe. A maneira encontrada pelos marujos de conservar o defunto foi a de guardá-lo junto ao que carregavam de mais precioso. Assim, o de cujus foi submerso em um dos vários tonéis de rum que o navio carregava. Esse produto tão apreciado pelos marinheiros era de vital importância ao bem estar coletivo da tripulação. Contudo, as perseguições aos seus inimigos e o longo tempo distante de um ancoradouro reduziram significantemente a quantidade da bebida armazenada nos navios, a ponto que, antes que a esquadra chegasse ao Reino Unido, tornou-se inevitável o consumo de parte do tonel de rum no qual se encontrava o cadáver de Nelson. Segundo algumas líguas perpetuaram pelo tempo, esse ocorrido acabou criando um jargão na marinha que seria carregado para boa parte do globo: beber até o morto. <br />Nelson, assim como tantos outros havia ganhado a ambos, a eternidade e a sepultura, e fora enterrado com glórias de Estado. A sua morte na Batalha de Trafalgar imortalizou suas entranhas na Coluna de Nelson disposta na Praça Trafalgar em Londres. Conjunturas e homens tecem a história, mas a história por sua vez não reconhece a todos, apenas a poucos; aos quais são conferidos homenagens à suas designações e carcaças mundanas. Assim monumentos e estátuas se expalham pelas cidades, servindo de anteparo aos desenvergonhados ratos voadores e seus dejetos.Unknownnoreply@blogger.com0