domingo, 13 de julho de 2014

Eliminação na Copa do Mundo de Futebol 2014

Na derrota, que possamos crescer. O futebol é o esporte mais difundido no mundo, e espectadores de norte a sul de leste a oeste lançaram seus olhares sobre o Brasil. Apesar da grande festa no país, pouco havia sido feito pensando nas gerações futuras, e aos nossos atletas sobrava pressão. Sem o líder nem o gênio em campo, o futebol brasileiro foi atropelado pelos alemães, em casa, na semifinal da copa. Em estádio mineiro, no qual a seleção brasileira jamais havia perdido, o torcedor viu incrédulo e com muito pesar os adversários tirarem a bola de nós, ficarmos na roda, consolidarem o placar do jogo com goleada antes da metade do primeiro tempo. Obviamente eles estavam mais bem preparados e o placar elástico dispensa comentários. Pelo tempo que permaneça o futebol registrado na história, como o conhecemos, permanecerão comentários sobre essa derrota multi-adjetivável. Afinal, criticar é fácil, difícil é fazer melhor. Mais difícil ainda é realizar um trabalho de excelência eficaz o suficiente para manter a mística da camisa canarinho apesar da alta competitividade desse esporte. Apontar culpados não é solução, mas a CBF bem que poderia aprender com a aula de planejamento de sua parelha alemã. Afinal, essa foi a maior derrota sofrida por um país-sede nas vinte edições da competição. Os alemães passaram a marca da seleção brasileira como a que mais gols fez na história das copas. O jogador mais velho em campo e polonês de nascimento tornou-se o maior artilheiro em copas do mundo passando a marca do camisa número 9 da seleção canarinho campeã do torneio em 2002. A base dessa seleção alemã vinha sendo preparada e treinava junto desde o campeonato europeu de 2008. Pela primeira vez os alemães nos venceram em copas e vão reeditar uma de suas finais anteriores, contra Holanda ou Argentina. O passado serve de exemplo para construir no presente um futuro melhor. Só o tempo poderá mostrar o alcance dos efeitos desse acontecimento sobre a sociedade. Contudo, após a eliminação, o ideal é que a euforia tenda a convergir com a realidade do país, pois o pior cego é aquele que se recusa a ver. Verdade seja dita, a única seleção nacional de futebol participante de todos os mundiais ainda é também o único futebol 5 estrelas do mundo; apesar de não ser oferecido à maioria dos cidadãos brasileiros uma estrutura campeã, a vida segue (com impostos até depois da morte).