quinta-feira, 3 de novembro de 2011

João Ninguém

Em um apartamento aleatório, localizado em uma cidade qualquer um indivíduo que acaba de testemunhar o término do horário comercial se banha normalmente, como o faz todos os dias. A mecânica do banho é a mesma, começa pelo cabelo e depois se ensaboa de cima para baixo. Enquanto lavava os pés, sentiu uma pressão no peito, uma dificuldade pra respirar, uma tontura. A dor no peito se intensificou e expandiu para o corpo todo, perdera a força e seu corpo sucumbiu à gravidade lentamente até tocar o solo por completo e ficar estendido com a água do chuveiro que caía por cima. O óbito ficou sem laudo por alguns dias, até que o odor da biodegradação tomasse conta do corredor de seu andar ao ponto de incomodar os outros moradores.